Contadas de forma livre e espontânea... simplesmente significados, sem se prender a regras... na liberdade das palavras, a simplicidade de sentimentos...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A dança...




Breves lampejos
suaves toques
tecidos dançando
brilho em olhares

Fecho os olhos
tentando imaginar
respirando longamente
e aquelas massas de cores
vão se transformando
sonho chegando
um carro me esperando

Enquanto ele me conduz
pelas ruas da cidade
luzes coloridas
para os meus olhos
fagulhas que dançam
estrelas que recepcionam
beleza que sempre esteve lá
o cinza não passa de um componente
deste belo quadro
grande composição
naturalmente criado
faz corações palpitarem
momentos aflorarem
e ver na frente do salão
belas pessoas chegarem

Desço do carro
o vestido escorre pela entrada da porta do carro
vermelho intenso com um leve degrade para o vinho na ponta da saia
flui como água, como uma cachoeira
com sutileza
o xale passa pela porta
com sua suavidade
como uma aurora boreal que dança no céu

Entro no salão
belos cavalheiros
exuberantes damas
sou apenas mais uma
caminho pelas pessoas
um drink oferecido
amarelado com uma cereja ao seu fundo
que bela combinação de cores
balanço o copo e vejo
a cereja dançar ao fundo
fluir com o líquido
enquanto olho para a taça
logo vejo um sapato à minha frente
meu olhar percorre o cavalheiro
subindo devagar
um terno
poderia ser um pinguim
como os outros
mas a majestade dele
o brilho dourado no cinto
ao detalhe na gravata
e sua mão
"daria a honra desta dança?"
dizia...
não há como pensar duas vezes
com a mesma graça de seu terno
ele recepciona minha mão
e meu sorriso
que com timidez
me conduz pelo salão

E começa a música
a suavidade em seus braços
na qual uma segura minha mão
e a outra me envolve pela cintura
próximo a ele
sinto o cheiro de seu perfume
ou será o seu cheiro natural?
tão suave
que faz com que eu seja conduzida
passos curtos
mas tocamos o chão
como se estivesse dançando sobre a água
sobre um lago
pés tocando suavemente
formando círculos na água
que percorrem o salão
contagiando à sua volta
momento que aflora sentimentos
sentimentos que confundem
a vontade de agir
mas ao mesmo tempo
a vontade de ser levada
deixo
que momento
lembro das luzes das ruas
de repente
elas saem
e dançam em nossa volta
como vagalumes
brilhos coloridos
cores intensas
dançando
circulando
comemorando
um momento único
eterno
sem fim
o centro das atenções
como se todos estivessem olhando para nós
mas ao mesmo tempo
como se nada existisse à nossa volta
sinto como se nossos corações
estivessem pulsando
na ponta de nossos dedos
na ponta de nossos pés
fazendo a mais bela dança
a mais pura
a mais singela
assim quando
a música acaba
ainda por mais uns minutos
continuamos lá
dançando
a música não sai
das caixas de som
dos cds
das bocas das pessoas
e sim de nossos corações
que ditam o ritmo
dessa dança
que balança


mas...

ele para
e eu
dou o mais belo e sincero sorriso
que chega até ele
como um beijo suave
doce
retribuído
com um sorriso singelo porém firme
que recebo
como se fosse um beijo
envolvido por um abraço firme
o sentimento
de ser desejada aflora
e como nunca havia sentido
lagrimas percorrem o meu rosto
lágrimas com um brilho única
como se fizesse parte da dança
do sorriso
logo seu sorriso é maior
mostra seus dentes
brancos
puros e únicos
ele tira um lenço de seu bolso
da cor de meu vestido
enxuga minhas lágrimas
entrega o lenço
em minha mão
faz um breve cumprimento
e passa por mim
logo eu viro
e o vejo passando pela multidão
de cavalheiros e damas
mas ele é o destaque
mesmo assim
some
tenho vontade de correr atrás dele
mas não o faço
olho para o lenço
seguro ele firme
e fecho os olhos
e aproximo ele
junto do meu nariz
sinto aquele perfume
sinto aquele cheiro
único
eterno...




Abro os olhos
teto branco... como seus dentes
me encontro deitada
em minha cama

Seria um sonho?
apenas imaginação minha?

Lagrimas caem do meu rosto
pensando em tudo
na dança
no momento
poderia ser tão cruel?
de preparar um momento tão belo
para ser guardado dessa maneira?
como algo que nunca existiu de verdade?

Quando aproximo minhas mãos
para enxugar o meu rosto
vejo algo


um lenço vermelho
que me faz sorrir
e pensar
que não sou apenas mais uma
sou a única
para aquele
que um dia
virá buscar o seu lenço
e vai me dar a honra

de dançar mais uma vez...








Obrigado à Marisa
que me ajudou a mudar um pouquinho do que eu estava escrevendo e fez uma sugestão.
hehehehehe... =0)

5 comentários:

Marisa Sel Franco disse...

Não há de que ;)
Adorei o texto... leve como o próprio bailado dos pares que o protagonizam!

Anônimo disse...

Amiga da ju novamente rsrsrs

Do jeito que vc escreve parece exatamente a forma comos os personagens interagem em cada verso...parabnes e continue assim!

Anônimo disse...

minhooo!!!!

meu...q lidoo!!!! *-*

seus textos são tao visuais...adooooroooo textos assim!!!

quero maaiiisss!!!^^

Anônimo disse...

amiga da juh ...
aiiiiiiiiiii
q lindoooooooooooo

Elaine Xavier disse...

Minhooooooooooo muito bom,adorei viu :)


Bjin querido ;)